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terça-feira, 1 de março de 2016

Vereador propõe subsídio de um salário mínimo


Moção encaminhada às 20 Câmaras da RMC

O vereador novaodessense José Pereira, o Zé Pereira (PPS), protocolou uma moção de apelo para que as 20 Câmaras da RMC (Região Metropolitana de Campinas), incluindo a de Nova Odessa, fixem os subsídios dos vereadores em um salário mínimo para a próxima legislatura (2017/2020). Ele ainda protocolou um requerimento para a Mesa Diretora sugerindo que o reajuste inflacionário de 10,95% não seja aplicado ao subsídio neste ano. A moção foi retirada da pauta por pedido de vistas (melhor análise) do vereador Avelino Xavier Alves, o Poneis (PSDB).

A sessão de ontem foi marcada por bate-boca, já que colegas o chamaram de demagogo por conta disso.

"Entendo que o exercício de vereador não pode ser uma profissão. Isso faria com que as Câmaras custassem bem menos aos cofres públicos e o trabalho seria ainda melhor, com pessoas que realmente quisessem fazer parte do cenário político por convicção, e não por profissão e salário", disse Pereira.

O vereador Antonio Alves Teixeira, o professor Antonio (PT), disse que a medida é demagógica e eleitoreira. "É demagogia porque está encerrando a suplência dele agora, mas ele não fez a devolução em nenhum momento do que ele recebeu a mais (que o salário mínimo) nesse período e não propôs isso em nenhum momento nesse tempo em que substituiu o secretário de Esportes. Agora faltando 15 dias pra ele sair ele quer dar uma última cartada para querer sair por cima. É uma medida eleitoreira e demagógica", afirmou.

Celso Gomes Reis Aprígio, o Celso da Concrenova (PSDB), também não concorda com o colega. "Demagogia da parte dele. Como que um vereador vai viver com um salário mínimo? A gente gasta salário mínimo de gasolina, a gente ajuda um e outro. A Câmara não dá ajuda. Ele não é vereador, é suplente. Tá acabando o tempo dele, ele quer colocar a população contra os vereadores pra se candidatar e tentar se eleger", atacou.

O ex-presidente da Casa Vagner Barilon (PSDB) disse que não acha viável a redução do subsídio porque defende dedicação exclusiva ao mandato.

"Defendo que o vereador tenha como atividade principal, e de preferência única, a Câmara porque temos poucas pessoas pra fiscalizar e uma quantidade grande de coisas pra olhar. A gente precisa de pessoas 100% comprometidas com a vereança. A gente sempre critica político, mas da forma como é feita a crítica as pessoas capacitadas não têm vontade de entrar na vida pública e se pagar um subsídio baixo não melhora a qualidade dos agentes na vida pública", explicou. Zé Pereira não foi encontrado.

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